domingo, 5 de abril de 2009



Num lugar desses que muitas vezes a certos olhos foram como que feitos como única intenção existir para fazer brilhar ainda mais tudo o que demais perfeito e belo, e que ainda que não houvesse no lugar nada de belo para se contrapor a ele soava horrendo e como vida é algo independente da perfeição ou de padrões humanos , de estética ou o que for havia vida ali.


Sim havia vida mas que tipo de vida alguém se perguntaria vendo-a mas ninguém talvez tenha perguntado já que não era em nenhum tempo ou lugar era o pântano apenas não se sabe como, mas, havia ali um ser refletindo o ambiente repugnante , habitante daquelas penumbras sim um ser impregnado da pegajosidade e fetidez de seu meio natural.Um dia soturno como todos os outros o ente se sobre ergue e vê numa poça de água distante ,pequenos brilhantes destacados no negror que havia ali era algo novo ele tenta pegar mas só vê sua frustração ao nada alcançar desmanchando na água o reflexo de algo que nunca havia presenciado algo belo e perfeito; naquele desespero que tomou conta de seu desgraçado intimo ele levanta agora em pé posição que nunca cogitara e olha onde nunca havia olhado ele levanta seus olhos para o firmamento e vê lá impressas na escuridão celeste as suas tão cobiçadas contas de luz como janelas minúsculas de escape para o seu ser.


Seu urro ecoa por tudo destruindo a calma que existia pela monotonia e ausência de sentimentos ódio, frustração ou o que fosse até então ; a desgraça de alguém que vive no lodo e descobre que existem coisas belas...acima bem acima.

Um comentário:

  1. lindo texto!

    me lembro de um pedaço de uma música...

    E lá no céu constelações
    Num arranjo inusitado
    O seu nome desenhado
    Pelo menos tinha essa ilusão

    E lá no céu os astros
    Num arranjo surpreendente
    Se buscavam como a gente
    Pelo menos tinha essa ilusão

    São milhares de estrelas
    Singulares letras vivas no céu

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